quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Entrevista com duas profissionais da educação.

Maria Selma

Elaine Cardoso



Hoje tive a oportunidade de conversar com duas profissionais da educação, a professora Maria Selma e a assistente pedagógica Elaine Cardoso. Ambas trabalham na educação infantil de uma escola renomada que fica em Brasília. Elaine se formou no curso superior de pedagogia e trabalha a seis anos na área, os primeiros três anos como auxiliar pedagógica e os últimos como assistente pedagógica. Já Maria Selma fez o magistério de 87 a 92 e em 2005 concluiu a graduação em pedagogia também.
O objetivo da conversa é perceber qual é a visão que elas têm sobre a relação da escola com a família, tendo por base as experiências profissionais das duas.


Como vocês vêm à relação Escola-família? Essa parceria influencia no processo de ensino-aprendizagem?

Elaine: Atualmente, percebemos que as crianças estão entrando cada vez mais cedo nas escolas. Porém, percebemos também, que muitos pais não estão preocupados com o processo de ensino-aprendizagem, transferindo a responsabilidade apenas para o educador. Quem atua na área educacional sabe perfeitamente, que é de estrema importância que haja uma parceria entre família e escola. Os pais precisam entender que a disponibilidade deles para acompanhar o desenvolvimento educacional dos filhos, irá contribuir significativamente no processo da aprendizagem. As instituições de ensino por sua vez, devem proporcionar aos pais possibilidades para esse envolvimento.

Maria Selma: Hoje em dia nós vivemos em uma sociedade diferente de anos atrás. Os pais trabalham o dia inteiro e deixam seus filhos com babás, como na maioria das vezes elas não conseguem educarem as crianças e essa responsabilidade acaba sendo transferida para a escola. Só que os pais não percebem que a educação tem que vir de casa. A relação escola-família é fundamental, pois quando a escola tem uma visão e a família tem outra a tendência é que a criança apresente problemas. É uma via de mão dupla.


Vocês acham que hoje essa relação acontece de forma distinta de anos atrás? Por quê?

E: Enquanto educanda, não consigo enxergar diferença na relação entre escola e família nos dias atuais e há anos atrás. Não posso responder por todas as instituições, mas vejo desinteresse da parte das escolas e das famílias. Não me recordo de ter meus pais envolvidos em nenhuma atividade, projeto ou reuniões que não fossem para entrega de notas.

M.S.: Eu já consigo perceber muita diferença. Antigamente nós buscávamos ajuda da  família a fim de solucionar dificuldades dos alunos e conseguíamos o apoio delas, isso fazia com que os problemas fossem resolvidos ou amenizados mais rápido. Atualmente, boa parte das vezes que procuramos esse auxílio, ao invés de encontrar apoio nós nos deparamos com pais que querem justificar e não corrigir algo de “errado” que esteja acontecendo.


Quais foram  e são as suas maiores dificuldades que vocês se deparam?

E: A maior dificuldade que posso citar, é a falta de comprometimento dos pais, e muitas vezes, a omissão e falta de compromisso por parte da instituição.

M.S.: Acho que a maior dificuldade é essa, de buscar ajuda e cooperação e não encontrar.


O que você acha que poderia ser feito para melhorar essa relação?

M.S: Acho que a criação de projetos de interação com os pais pode ser uma possível solução. Trazer a família para a escola, não somente em dia de reunião, mas sempre. E é claro que a escola e os professores também devem quere tê-los por perto e o pais também devem querer participar.

E: Concordo. A criação de projetos é uma saída para a questão.


Essa é a visão de duas pessoas que embora tenham experiências distintas concordam em alguns pontos. Em breve trarei a visão de uma família para termos uma ideia de como os dois lados vêem essa questão. 


domingo, 4 de novembro de 2012

Dicas para ajudar os pais estarem por dentro da vida escolar dos filhos.

Em busca de material para postar aqui no blogger acabei encontrando uma lista com dicas sobre como participar da vida estudantil de um filho. É algo muito simples de ser feito e podemos observar que são ações pequenas e que devem se tornar rotina. Segue a listinha para quem desejar apreciar:
“1-  Converse com seu filho sobre a escola e peça a ele que ensine algo que aprendeu. Isso fixa o conteúdo.
2-  Garanta que ele vá às aulas todos os dias, na hora certa. Faltas atrapalham.
3-  Acompanhe a lição de casa, ofereça ajuda, mas não resolva os problemas por ele.
4-  Não o deixe ficar para trás. Se ele tiver dificuldades, converse com o professor para saber como pode ajudá-lo.
5-  Transforme a leitura em uma atividade divertida.
6-  Escreva bilhetinhos ou e-mails para seu filho, assim ele perceberá a importância da escrita.
7-  Vá às reuniões de pais e mestres. Você saberá o que e como o seu filho está aprendendo.
8-  Mostre que você admira o professor e ensine seu filho a respeitá-lo.
9-  Valorize o trabalho do seu filho, vá a exposições, apresentações e festas.
10-Não espere a reunião de pais e mestres para procurar pelo professor em caso de dúvidas ou dificuldades particulares.”

Fonte: http://colegiofortecasteloitu.com.br/?page_id=128

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Escola e família: Qual é o papel que cada uma deve cumprir?


Atualmente vivemos em um mundo que está em constante modificação. Tudo muda e evolui com uma velocidade incrível. Nunca foi tão fácil ter acesso a informações de qualquer parte do mundo. É pouco provável que alguém acredite que as pessoas hoje vivem da mesma maneira de cinquenta anos atrás. Diante disso podemos questionar: será que essa evolução gera algum impacto na escola e na família? Uma fala que costumamos ouvir dos professores é “as famílias não cooperam com a escola, elas jogam as responsabilidades que deveriam executar para outros, inclusive para a escola.”, mas quais são essas responsabilidades? Qual é o papel de cada uma? Como podemos reparar que uma ou a outra não cumpre com o seu dever se não sabemos o que cada uma deve fazer? Vejamos então, de maneira não muito aprofundada, quais são as atribuições delas.
Ao tentar definir as obrigações da família podemos esbarrar em dificuldades, pois não há um conceito universal. De acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) a família deve assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”. Alguns autores afirmam que as funções da família estão ligadas a proteção e a socialização dos seus membros. Saindo um pouco da área técnica e olhando mais para os conceitos implícitos em nossa sociedade, podemos dizer que é de senso comum que a família é responsável por todo o desenvolvimento da criança (emocional, físico, educacional, etc.)
De acordo com a revista Nova Escola, edição 193, a escola tem um objetivo semelhante à família que é “fazer a criança se desenvolver em todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem”. Quando focalizamos a escola a primeira coisa que pode vir à mente das pessoas são algumas palavras: aprender, ensinar, educação; e realmente essas atribuições são inerentes a escola mesmo.
Após tentar entender cada uma, começamos a imaginar que na verdade, uma está atrelada a outra e ambas vivem em sistema de dependência mútua.
Fontes:
http://ellenguimaraes.blogspot.com.br/2011/07/1a-semana-educacao-comunitaria-e-para.html